A Estamo, imobiliária de capitais públicos, colocou esta terça-feira à venda um conjunto de nove edifícios do Estado em Lisboa por um valor total de 37,25 milhões de euros. Entre os imóveis encontram-se três edifícios que albergam serviços da Autoridade Tributária e Aduaneira e o presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos diz não saber qual o destino dos funcionários que ali trabalham. O Ministério das Finanças assegura não haver mudanças previstas.
Em causa estão os dois edifícios da Alfândega de Lisboa na Avenida Infante Dom Henrique e na Rua Terreiro do Trigo e um outro na Avenida Duque de Ávila. Os dois primeiros albergam centenas de funcionários de alguns serviços fiscais e aduaneiros e têm um valor histórico que leva o presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos, Paulo Ralha, a considerar a sua alienação “um crime”. Este dirigente diz ter sido “apanhado de surpresa” pelo anúncio da venda dos imóveis, garantindo que ainda “não se sabe absolutamente nada” sobre o futuro dos funcionários que ali trabalham. Por os edifícios se situarem numa zona turística, o sindicalista acredita que os serviços serão obrigados a mudar-se, mas não tem ideia para onde.
Fonte: Estado põe edifícios históricos da Alfândega de Lisboa à venda – Observador